segunda-feira, 16 de julho de 2012

POEMA DE ALESSANDRO NÓBREGA





Para onde foram as palavras?
Elas nos faltam? Elas nos deixam?
Ou as guardamos? 
Reprimidamente guardadas em nosso peito.
Negamos a elas a voz, o tom.
Nem ponto, nem vírgula.
O sentido egoisticamente guardado.
Não. Eu quero a possibilidade do grito.
Arrancar de dentro o espinho.
Dar à alma a possibilidade de ser,
A oportunidade do passo,
A dúvida do caminho que não sabe onde dará. 
Angústia eterna 
De amarga taça
Queima tuas próprias correntes
E me devolve o que antes de ter me tomas.

6 comentários:

  1. Qual vara de condão
    o cetro te encheu de inspiração.

    Alessandro, uma humilde sugestão:

    Sei que vários poetas (inclusive alguns famosíssimos) procedem como você: têm por regra não intitular seus poemas.
    Todavia, ao menos uma enumeração viria a calhar (poema I, poema II, III...). Imagine que alguém queira, depois, reencontrar um texto seu do qual muito gostou: como encontrará algo sem identificação?

    Excelente seu texto!

    ResponderExcluir
  2. Poema lindo e convidativo a expressão oral tão necessária ao ser humano.

    ResponderExcluir
  3. Lindo poema ,muito expressivo! Parabens Alessandro !!!

    ResponderExcluir
  4. Quero agradeço aos meus amigos pelos comentários. Todos sempre muito gentis.

    ResponderExcluir
  5. Sugiro ao estimado autor o titulo deste poema: Nem ponto, nem vírgula.

    ResponderExcluir
  6. Um título bom seria: ''Em nossos sentidos...", alguém pondera ?

    ResponderExcluir

Comentários com termos vulgares e palavrões, ofensas, serão excluídos. Não se preocupem com erros de português. Patativa do Assaré disse: "É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada”