quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

REMINISCÊNCIAS DA PRAIA DE PONTA NEGRA - Naílson Costa


A primeira vez que fui à praia de Ponta Negra, tinha 9 anos. Foram 2 ônibus com a excursão dos professores do Quintino Bocaiúva. Mamãe era professora de lá. Um dos ônibus, lembro-me muito bem, era dirigido por Léo e o outro por Seu... esqueci o nome dele agora (o pai de Souza). Os adultos foram cantando da praça até a praia aquela música "A praia estava deserta, o sol brilhava no céu, e eu contente cantava pra você Maria Isabel. Pegue a sua esteira e o seu chapéu, vamos para a praia que sol já vem, piruliluli, pan pan pan pan". Fiquei encantado com os coqueirais, ao lá chegar, com os pescadores, suas jangadas, sua enorme rede pra mais de metro arrastando do mar os peixes, sua pequena Vila, os banhistas (farofeiros - carne assada, galinha torrada, suco, cachaça para os homens crescidos e água dentro das caixa térmicas. Ponta Negra era lindo demais! Não tinha nada que denunciasse a imbecilidade da destruição da natureza e da ambição desmedida do capitalismo dos homens de hoje. Da BR 101, no entroncamento do viaduto para adentrar na Av. Roberto Freire de hoje, a estrada até a praia eram areias brancas das dunas da praia de Ponta Negra, ladeada por uma mata atlântica cheirosa de brisas inesquecíveis, frutas tropicais e sua rica flora e fauna. Voltamos às 17 horas, mais vermelhos do que um camarão, apesar de, naqueles tempos, a camada de ozônio estar intacta. Despelamos por uma semana, mas a lembrança da verdadeira Ponta Negra, essa nunca vai despelar, pois fora tatuada num dos cantinhos mais carinhosos e protegidos de meus melhores dias!

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