terça-feira, 24 de dezembro de 2013

“Confraternização Natalina, Um Caçuá de Falsidade" - Flávio Dantas


O poeta chega em versos
Trabalhando com a verdade,
O que escrevi em narração
É pro campo ou pra cidade,
Pois coloco na minha tina
“Confraternização Natalina
É Um Caçuá de Falsidade”.

Sendo um dia que celebramos
O nascimento de Jesus,
Um momento que seria
Para todos uma luz,
No encontro é comprovado
E por muito não é notado
A falsidade que ali conduz.

As famílias se reúnem
Na tal Ceia de Natal,
São mensagens e abraços
Talvez num clima fraternal,
Tendo no Papai Noel
Com certeza um falso Céu
Numa concordância total.

Surgem os amigos secretos
Numa explosão de fingimento,
Dizem adorar os presentes
Esquecidos após o momento,
Agradecem por falsidade
Pois não gostaram de verdade
Pois pra mentir tem talento.

A Ceia é altas horas
A fome não aguenta mais,
Quem bebe encheu a pança
Não se importa com os demais,
Tem um tal Feliz Natal
Sem saber se o final
A felicidade é geral.

Tem gente que passa o ano
Prejudicando alguém,
Nesse Natal vira santo
Com abraços no vai e vem,
Sem pedir perdão a Jesus
Tem a falsidade como luz
E ainda recebe parabéns.

Por isso a muitos anos
Deixei de lado o Natal,
Basta de festa e encontros
Numa falsidade geral,
A noite lembro Jesus
Que acredito ser a luz
Pra justiça ser total.

E ainda tem aquele povo
Que defende a natureza,
Só falam em preservação
Vendo em tudo a beleza,
No Natal matam o peru
Com a permissão de tu
Pra ter carne com esperteza.

De que adianta mesa farta
Nessa Ceia de Natal,
Se crianças passam fome
Na Zona Urbana e Rural,
Sem ter um Papai Noel
Sem ter no seu pão o mel
Dessa Ceia especial.

De que adianta esse encontro
Com pitadas de falsidade,
Se durante parte do ano
Praticamos mal de verdade,
Muitas vezes dizendo não
Com alguém em precisão
No campo ou na cidade.

Esse é o pensamento
Do Poeta do Povão,
Que escreve o que sente
Nesse humilde coração,
Onde as poesias são tantas
Assinadas por Flávio Dantas
Pra falsidade dizendo não.



Autor: Flávio Dantas
O Poeta do Povão

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