O que dizer desta imagem
se ela tudo já diz?
capitalismo selvagem
que desnivela o país
águas turvas, poluídas,
crianças desprotegidas
desajustes sociais
um inferno nós criamos
na ganância provocamos
os crimes ambientais.
Com o poeta Gilberto Cardoso Dos Santos, metendo a chibanca no roçado da cultura - Hélio Crisanto (Créditos da foto: Rafaela Galdino)
Zé
Ferreira:
Brocando a ignorância
Com a foice da poesia
Plantando sabedoria
No chão da intolerância
Deixando a exuberância
De um cordel em verdura
Crisanto, essa fartura,
Com o Cardoso, alavanca
E vão metendo a chibanca
No roçado da cultura.
O acervo popular
Tido, as vezes, como pobre
Ganhou o horário nobre
e agora está no ar.
saibamos aproveitar
Essa boa abertura...
Se nossa literatura
já tem a entrada franca,
Vamos meter a chibanca
no roçado da cultura.
Ouvi o trovão roncando
Pelas terras do cordel
Vi raio riscando o céu
E nuvem se condensando
O gotejo anunciando
Um tempo bom de fartura...
Que nessa semeadura
Ninguém fique na retranca
vamos meter a chibanca
no roçado da cultura.
Gilberto
Cardoso:
Chega
o vate Zé Ferreira
Pronto para semear
Vem disposto a ajudar
Com enxada de primeira
Enfrenta a mata rasteira
Amacia a terra dura
Na esperança se pendura
De ver correr água franca
E vai metendo a chibanca
No roçado da cultura.
Pense num mato frechado
Difícil de alimpar
Não é fácil de cavar
Deixar pronto esse roçado
É um barulho danado
Pornografia e frescura
“Novinha” não se segura
Vai logo mexendo as ancas
Vamos metendo as chibancas
Na plantação da cultura.
Da
caatinga agonizante
O
poeta em seu cordel
Extrai
de modo brilhante
Água
boa, leite e mel
Um
gracioso vergel
Para
a alma traz fartura
Vai-se
embora a amargura
A
alegria corre franca
Quando
se mete a chibanca
No
roçado da cultura.
Percebo
grande mudança
Na
programação global
Mostra
a cultura local
Em
toda sua pujança
Na
poesia e na dança
No
linguajar, na pintura
O
sertão se transfigura
E
ao preconceito desbanca
Vamos
metendo a chibanca
No
roçado da cultura.
Hélio
Crisanto:
Vou
abrir um armazém
Pra negociar cordéis
Vou chamar os menestréis
Quero juntar mais de cem
Vamos fazer um harém
De verso e literatura
Vamos ter muita fartura
De versos na nossa banca
E vou metendo a chibanca
Na plantação da cultura.
Um casarão alpendrado Sentindo a falta do dono, Hoje vive no abandono Com o pé direito rachado. Um angico desfolhado Já não sombreia o batente E a porta velha da frente O cupim já lhe devora No sertão que a gente mora Mora o coração da gente (Hélio Crisanto)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Quando vi uma paisagem dessas,
pobre de sonhos e de promessas, os meus olhos até choraram
e os questionamentos afloraram: Quantas pessoas ai moraram?
Segundo alguns historiadores, como Lucas e João, Jesus foi sacrificado às 12 horas, meio dia, e faleceu às 15h, numa sexta-feira da grande da paixão de seus seguidores. O problema é que esse fato se deu há quase 2 mil anos. E as histórias contadas muitas vezes mudam com o tempo em cada templo dos 3 tempos verbais. E as interpretações dadas podem se dar ao bel prazer de cada interesse. Jesus não disse que roubar galinha no sábado de aleluia não seria pecado, disse? Mas alguém disse a Cascudo que, com a desaparição de Jesus, roubar as galinhas dos ricos para comer com os pobres, não era pecado. Está lá nos compêndios das estórias pretéritas de Cascudo. E com Cascudo não se brinca! Só eu sei o que senti quando, do alto de minha inocência semântica, proferira a fatídica frase “Galinha eu galo você” na presença de papai. Pense num cascudo que tomei! Poxa, nem sabia de que se tratava, apenas ouvia de meus amigos aquela frase! É que papai era analfabeto, não entendia as entrelinhas das diversas colocações textuais, com parábolas desconexas e carentes das boas pontuações. Ou, quem sabe, as entendia demais. Para o meu insipiente aprendizado, o galo é forte, brigador e anuncia, todo dia, por 3 vezes, a chegada de mais um dia, com o seu belo e inconfundível canto, ao contrário da galinha, que é o substantivo feminino de galo, e ainda está no diminutivo, e, além do mais, bota ovos !Talvez tenha sido essa a indignação de meu pai. Mas se meus amigos, todos passados nas sete águas da macheza mais autêntica diziam, eu tinha que dizer também Galinha eu galo você, pra ser macho da gema mais pura da família dos galináceos. Resultado, tomei um cascudo estrondoso bem na crista de minha inocência! Eu nunca dou sorte quando quero imitar os outros! Eu estava pensando em copiar as façanhas dum determinado amigo meu, presepeiro de primeira grandeza, malhador de Judas e ladrão de galinhas de ricos para comer “c’os pobe” nos sábados de aleluia, mas não vou copiar não. Não dou sorte com esse negócio de imitar os outros, principalmente frases. Se pelo menos galo fosse verbo, eu poderia ter, antes de levar o cascudo, mudado o contexto, a pontuação, a semântica e a história, de modo que ela me beneficiaria, ao ser proferida assim, em pleno sábado de aleluia, há 40 anos, e papai, quem sabe, teria trocado o cascudo por uma aprovação tácita, ao ouvir de minha astúcia a frase “Galinha!? Eu galo você?”, ou até mesmo, “Galinha eu?! Galo você?!”. Talvez eu tivesse aprendido, quem sabe, a malhar melhor o Judas e um grande número de galinhas teriam sido devidamente roubadas nos muitos sábados de aleluia!
Certa vez, por e-mail, recebi do falecido poeta Ademar Macedo a seguinte frase, que me serviu
de inspiração: "é pastor, porque vai fazer vc pastar !!!" Nesse tempo ainda não sabíamos desse pastor que tomaria a coisa ao pé da letra. Fiz os versos abaixo:
vídeo:
SE ESTE CARA DE FATO FOR PASTOR
É PORQUE VAI FAZER VOCÊ PASTAR - Gilberto Cardoso dos Santos
Maravilhosa oportunidade de fazer um bom negócio! Parcelas a partir de 149 reais.
Santa Cruz tem se destacado no cenário mundial por sua estátua de Santa Rita,uma das maiores do mundo.
Investir nessa terra tem se mostrado bastante positivo. Você, do estado, do Brasil e do mundo, adquira já o(s) seu(s) lote(s). Tudo completamente legalizado.
Fone (84) 9901-7248 ou pelo e-mail gcarsantos@gmail.com
O nobre ator José Wilker Partiu deixando saudade, Foi ter encontro com Deus No plano da eternidade, Deixando muitas lembranças Que são flores de esperanças, Para toda mocidade.
Era muito inteligente Por filmes tinha paixão, Interpretou Juscelino Com bastante exatidão, Divulgando sua imagem Deixou bonita mensagem, Cativando a multidão.
No cinema interpretou O Antônio Conselheiro, Mas antes deu vez e voz Ao bravo Roque Santeiro Que com viúva Porcina Viveu paixão peregrina, Mostrada no estrangeiro.
Menciono aqui chorando Este sublime papel, Do personagem marcante Juntamente ao coronel, Fizeram audiência alta Roque e Sinhôzinho Malta, Numa batalha cruel.
Eu assistia feliz Essa novela marcante, Numa TV preto e branco Tinha frequencia constante, Cada capítulo esperava: O outro quando chegava, Era muito interessante.
Seu sorriso inconfundível Deixa lembrança singela, Fazendo nossa memória Pintar bonita aquarela, Pois o tempo não destrói Nem o coração corrói, Seu brilhantismo na tela.
Natural do Juazeiro Hoje sua terra chora, Lembrando do garotinho Que ali viveu outrora, Sonhando timidamente; E depois de adolescente: A sua vida melhora.
Nosso povo brasileiro Lamenta profundamente, Pois com sessenta e seis anos O grande ator deixa a gente Por causa do coração, Fonte de muita emoção Deixou a vida inclemente.