sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Se eu tirar meu diploma de poeta Nunca mais cantador me desafia.

Mote de Hélio Crisanto, glosa de José Ferreira Santos


Eu aprendi a ler no Pajeú
Na cartilha dos três irmãos Batista
Nas rimas de Cancão gastei a vista
Fiz ginásio com Manoel Xudú.
pesquisei pelo vale do Assú
Santa Cruz lapidou minha poesia.
APOESC foi minha academia
E assim meu estudo se completa
Se eu tirar meu diploma de poeta
Nunca mais cantador me desafia. 

O meu nome não tem a referência
de um vate que seja antepassado
Minha escola, já disse, é o roçado,
é a vida e a minha consciência.
O meu vulto não tem a saliência
nem o sangue pertence a fidalguia
Mas se tenho na veia a poesia
Vou deixa-la fluir como um asceta
Se eu tirar meu diploma de poeta
Nunca mais cantador me desafia.

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