sábado, 31 de dezembro de 2016

Solução para o ano novo - ZÉ Ferreira



Um grande sábio indiano
Num pensamento profundo
Refuta o falar estéril
Incita ao ato fecundo
E grande provérbio lança
Dizendo "Seja a mudança
Que você quer para o mundo"

Trago pra mim essa frase
dela eu não me demovo
E compartilho contigo
Para que, junto ao teu povo,
Sejas paz, prosperidade
Sejas luz, felicidade,
Sejas Feliz Ano Novo.

Zé Ferreira

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Esperemos mais de nós do que só do novo ano! - Marcos Medeiros

Em dois mil e dezessete
Espero um mundo mudado
Com a gente em novo estado 
Agindo e pintando o sete.
Independente de enquete
De sicrano ou beltrano, 
Até mesmo de fulano,
Sobre os contras e os prós,
Esperemos mais de nós
Do que só do novo ano!

Marcos Medeiros


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SILÊNCIO OPORTUNO - Gilberto Cardoso dos Santos


HOMENAGEM A MARTINS - ZÉ Ferreira




Paisagem de uns confins
chamado Umarizeiras
com pequenas cachoeiras
lá na Serra de Martins.
Ali a brisa em festins 
Incita a dança no mato
e a água segue em regato
emprenhando a natureza
que vai parindo a beleza
aparada em meu retrato.


Uma serra, paisagens deslumbrantes
Na subida, vê-se a pedra rajada
Onde a face de Cristo estampada
Abençoa e acolhe os visitantes
Com a casa de pedras e mirantes
E um rico acervo em museu
De Martins, fala quem a conheceu:
"Nada igual em beleza se avizinha"
Não há terra melhor do que a minha
Nem lugar mais bonito que o meu.







HOMENAGEM À MESTRA ASSUNÇÃO


O PROFLETRAS, divisor de águas em nossa formação, deixou marcas indeléveis em nossas vidas. Mais que marcas, traços esculturais interiores que mudaram nossa imagem para sempre. Tivemos a oportunidade de conhecer educadoras verdadeiramente educadas, comprometidas com a Educação. Marise, Ana Paz, Josilete, Valdenides e Assunção, cada qual à sua maneira e possibilidades, fizeram grande diferença em nossas vidas. Generosíssimas e bem-humoradas, apesar do pesado fardo que levavam, sempre nos recepcionaram e atenderam de modo positivo.

Se para nós este Mestrado representou um aumento nos proventos mensais e uma possibilidade ímpar de desenvolvimento profissional, para elas, infelizmente, significou um acréscimo de trabalhos em suas já extensas agendas, sem quaisquer retornos financeiros. Abnegadamente, porém, esforçaram-se por nos dar o melhor. Se fôssemos falar sobre cada uma delas, teríamos aspectos positivos a destacar. Tornamo-nos  mais que alunos: amigos e admiradores.

Assunção, em particular, destacou-se para muitos de nós como aquela que deu passos além dos exigidos. Desde o início, ao ministrar a disciplina de Fonética e Fonologia, batalhou para que fôssemos avaliados da forma mais justa possível. Sempre tentou, com bom humor, trazer calor humano à frieza dos conteúdos acadêmicos. Com simpatia e empatia contagiantes, amenizou nossos dias de estudo intensivo.

Saio deste Mestrado com a melhor das impressões a seu respeito. Nosso convívio não se limitou à sala de aula, durante o período que nos ministrou aulas. Com frequência passamos a nos ver nos corredores da instituição - eu e os demais colegas - e estes encontros sempre, invariavelmente, foram marcados por expressões de genuína alegria.

Ela soube projetar-se em nossas vidas para além da sala de aula.

Tive o prazer de tê-la em minha banca na fase de qualificação. Não me passou despercebido o carinho com que se dedicou à análise de meu trabalho. De fato, tinha lido linhas e entrelinhas de minha dissertação e, na hora de tecer suas observações, buscou expressar-se da maneira menos desagradável possível, através de um  poema, feito exclusivamente para corrigir-me e encorajar-me naquele momento. Isto pra mim foi encantador.

Além de professora, Assunção é para mim uma mulher de larga inteligência, de entusiasmo contagiante, uma humorista nata, poetisa (aliás, presenteou-me com um belo livro de versos de sua autoria!), uma mão ajudadora e, acima de tudo, uma amiga. Ela e Valdenides, em particular, encantaram-me pelo olhar sem censura que lançam sobre a linguagem.

As impressões positivas que tenho a respeito dela não se limitam às minhas experiências pessoais. O testemunho de outros aumentou minha estima por esta educadora. Eu já tive a oportunidade de ouvir a opinião de alguns que com ela estudaram. Uma ex-aluna, a Ana Glória, destacou seu lado humano. Sendo de outra cidade, certa vez necessitou dormir em Currais Novos e Assunção a acolheu em sua casa.  Positivas são as recordações que ela e muitos outros guardam a seu respeito. Em suma, o que dizem deixa claro que Assunção não foi ao longo de sua carreira uma mera transmissora de conteúdos. Não tenho dúvidas que dentro e fora da sala de aula, ela foi solução para a vida de muita gente. Os que a escolheram como orientadora, por exemplo, sempre a elogiavam quando ausente e ainda a exaltam. Reno, Joel Almaíza e Francinaldo sempre destacaram o empenho profissional e quase maternal com que se dedicou à orientação deles. Por seu esforço e encorajamento, estes deram o melhor de si e fizeram belíssimos trabalhos. Durante uma das bancas, ficou bem patente para nós uma de suas áureas características: a humildade.

Perguntei a Francinaldo se ele teria  algo a dizer sobre sua orientadora e ele, sem constrangimentos, fez um poema sobre ela. Faltava, porém, algo importante e eu pedi: "Francinaldo, crie um título." Sem titubeios, obedecendo a impulsos de seu coração, sentenciou ele: "Professora nota dez".


PROFESSORA NOTA DEZ

A professora Assunção Muito mais que Doutora É uma grande educadora Que defende a educação Em dois anos de mestrado Percebi sua dedicação Deu-me boa orientação Para que eu fosse aprovado Pessoa simples e educada Por quem tenho admiração Está sempre compromissada É a professora Assunção. Francinaldo Aprigio Dos Santos



                             Juciana Soares

Ao lembrarmos de cada professora que contribuiu para o nosso crescimento, muito se evidencia!

Assunção é antes de tudo uma zelosa mãe, muito exigente e carinhosa, não se preocupa apenas com o conteúdo, mas prima também pelo ser de cada um que acolhe em seu imenso coração!
Soberana em sensibilidade, ela tem muito amor para colocar em tudo o que toca e o estende à família, aos alunos, aos animais, pois ama profundamente tudo o que encontra em seu caminho!
Beleza, beleza... é isso que Assunção é!!
Uma alma artística concebida para embelezar a feiura desse mundo, por meio dos seus poemas e peças de artesanato, entre muitos outros talentos!!
Amor, amor... é isso que ela tem para nos dar!!!
Por isso, essas palavras, essa homenagem, por isso nossa gratidão! Também a amamos, professora Assunção!


A altivez de Assunção Agora aqui no alto, quem diria! Eu era pequeninho, rente ao chão, Até conhecer umas das Marias, A especificar, Maria Assunção. Tem o poder sublime de encantar; E de maravilhar-se também. Ama, tem esse dom de cativar; Sua bondade sobe dos céus além. Eu que sempre só observava o horizonte, Só via o nascer e o ocaso do dia... Também à Zênite elevei minha fronte. Agora vejo bem mais do que via, Pois maximizei conhecimento, À assunção, meu contentamento.
Joel Canabrava

Cursar um mestrado era sonho meu. Realizá-lo através do PROFLETRAS (UFRN/Currais Novos) foi muito prazeroso. Atribuo isso não só ao aprendizado, que foi substancial, mas às relações humanas que vivenciei.


No início desse percurso acadêmico, conversando com um colega mestrando em Natal, ele se referiu a Fonologia com muita antipatia e ainda a considerando desnecessária. Foi com essa imagem que tive o contato inicial com essa disciplina. Estava preparada para cursá-la como quem degusta um alimento cujo sabor já considerava desagradável. Tive, porém, o privilégio de conhecer Professora Assunção. Que grata surpresa! A imagem que meu colega pintou de Fonologia não correspondeu à experiência que tive. Essa professora ministrou a disciplina de forma envolvente com uma competência tal que nos despertou entusiasmo e vontade de aprender. O resultado de tudo isso foi o impacto positivo em nossa prática docente.

Aqui vai um recado meu para a professora a quem me refiro neste texto:

É com carinho e admiração que penso em você, professora Assunção. Lembro-me dos momentos descontraídos que tivemos em suas aulas, mas sem descuidar da seriedade com a aprendizagem. Uma das coisas que me chamou a atenção foi o fato de você estar concluindo sua carreira profissional mas com o compromisso, competência e seriedade de sempre e que o ensino exige. Um vigor admirável. Aprendi muito com você. Em nossa turma você se tornou querida, respeitada, aceita como uma grande professora.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A chuva floriu meu deserto coração - Cecília Nascimento


A chuva floriu meu deserto coração

Amanheço o dia com pouco ar nos pulmões. Na escolha da roupa para ir à farmácia comprar o que chamo de meu pulmão ambulante deparo-me com uma diversidade de camisetas pretas. Apesar do meu deserto estado de espírito, opto pelo azul com bege; uma tentativa de colorir de vida meus dias sombrios.
No caminho, uma parada no Popular para fortalecer a carcaça. Na fila, a vida já me sorri com os lindos olhos de uma criancinha tão meiga, que não cessa de me chamar de titia e enche de ternura meu dia. Quem é? Não sei. Algum anjo enviado do céu para alegrar almas contritas talvez.
Na saída do almoço, uma chuvinha tímida cai no solo santa-cruzense. E eu, incrédula, arrisco-me a sair naquela garoa porque a farmácia poderia fechar caso eu esperasse, e meus pulmões certamente não esperariam para me surpreenderem sem medicação. Foi assim que a surpresa enxurrou meu dia. A cada passo, a chuva engrossava; o que se via nas paradas do centro da cidade eram olhos esbugalhados, incrédulos talvez, como eu, de verem o que estavam a presenciar, a se deliciar, a se encantar. Nossa terrinha, tão quente e assolada pela seca há tanto tanto tempo, finalmente recebeu a visita fortuita da chuvinha de verão.
Passo na farmácia, compro a bombinha e arrisco-me novamente na chuva, como o brotinho da crônica do Paulo Mendes Campos, apesar de que meus recém completos 32 anos me indiquem que não tenho mais idade para isso. Sim, a despeito de tudo isso e da blusa bege que certamente transpareceria na chuva, saio pelas calçadas como quem ganhou na loteria. No entanto, é uma espécie de sorte diferente. É a sorte de estar viva para poder desfrutar desse momento sempre célebre, quando a chuva nos dá o ar da sua graça. É a sorte de conseguir enxergar em meus conterrâneos aqueles mesmos severinos presentes em outras crônicas, em outros carnavais, mas que preservam o mesmo olhar contemplativo de quem não perdeu o dom de se encantar com a chuva, com a natureza, com Deus.
Meus ouvidos andam aguçados aos rumores que se fazem pelo caminho de volta ao meu Paraíso. Uns dizem: “Foi Deus que se lembrou de nós e mandou essa chuva”. Outros, com um espirito imprecatório, relembram o dilúvio e aguardam acuados dentro das lojas da cidade, comentando baixinho que pode ser finalmente o juízo de Deus sobre nós. Alguns ainda esquecem de observar o espetáculo da chuva e acham mais interessante notar a transparência da roupa alheia ou a ignorar o fato de que, com tantos pontos de parada, algumas pessoas ainda insistem em continuar sua trajetória debaixo de chuva. As mulheres, como sempre, preocupadas com suas chapinhas, me encaram como um ar de reprovação e às vezes zombaria. Eu a tudo observo e sigo meu caminho sorrindo, pensando em formato de crônica como digo a alguns amigos.
Os trovões, por sua vez, deram o tom da sua graça. E por mais que não estejamos acostumados e de certo modo nos assombremos quando eles apareçam, sempre nos regozijamos, pois é como se eles viessem como uma aliança, que marca o compromisso do fim da estiagem e dão mais seriedade à chuva que poderia parecer um caso passageiro, mas com eles, parecem relacionamento sério com a nova estação. E não raro, com as primeiras gotas e os primeiros trovões, já tem gente planejando o plantio, na esperança de comermos bastante milho e feijão verde no São João.
Na travessia da ponte, o cenário não poderia ser mais belo. Os coqueiros e árvores que na ida observei cinzas, já dançavam na chuva todos verdinhos, uma graça de se ver, contrastando com o céu cinza escuro. Logo após, crianças de bicicleta rodopiando e reverenciando esse milagre. Uma delas grita meu nome! E nem era preciso dizer mais nada. Nossos olhos se encontram e celebramos felizes a bênção da chuva, que a essa altura já engrossara e descia convicta pelas ruas do bairro, lavo meus pés, minha alma, minha dor.
Chego na minha casa com o pulmão tão apertado pela mudança climática, mas também tão feliz, pois desta feita o aperto é por um bom motivo. Abro a bombinha. Uso-a. Respiro fundo e volto para o portão a fim de continuar me deleitando com o espetáculo da vida. E foi assim que a chuva floriu meu deserto coração.

Cecília Nascimento
28/12/2016 – 14h31min.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CAPITÃES DE AREIA - Lucas Matheus


Por que tanta hipocrisia ?
Para quê tantas máscaras?
Se a verdade nua e crua é esta!
(A que vemos, a que vivemos)
A quem enganamos?
Capitães da Areia vivem largados
a margem da sociedade;
E engana-se você que acha que
são somente aqueles da Bahia,
da ficção, do Amado.
São aqueles sem nome e sem cor,
sem casa, sem abraços...
Sobrevivem por aí, largados...
Aqueles muitos “gato”
Aqueles muitos “Sem pernas”
Aqueles muitos sem nome,
sem cor, sem casa, sem abraços,
Sem Vida, com vergonha,
com medo, com drogas, com
furtos, Sem vida, sem escola,
sem pais. 

- MEDEIROS, Lucas. 2016. Capitães da Areia.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Sr. José - Lucas Medeiros


SR JOSÉ

Todo conhecimento é pouco, Quando a mente cria E os olhos se apaixonam, O coração sofre a bater, as pernas ficam bambas. Os olhos voltam a brilhar como estrelas. Os lábios sentem o molhar do amor ao simples tocar das pontas dos dedos; o arrepio não mente junto com os sintomas. [Doutor] - Pois Eh! É de Amor Sr. José! esse mal não tem cura, assola os homens mais racionais e desola a irracionalidade dos mais radicais. [Sr. José] - Pois Eh! Sr. Doutor, e o senhor não acha que se essa tal de paixão matasse, toda aquela multidão que vinha e clamava por um pouco de amor; Já não estaria morta? [Doutor] - Senhor, se bem queres sofrer é tua escolha, mas essa dor não cessa muito menos terás horas de demasiadas loucuras que a fará um pouco mais suportável! [Sr. José] - Doutor, me desculpe! Mas é de amor que o senhor precisa E não de rancor, precisa de carinho para que faça com que esta dor se torne somente o amor.

FALSIDADE NATALINA - Gilberto Cardoso dos Santos


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

POEMA SOBRE O CASARÃO DE PATOS



UM DIA A CASA CAI
(POEMA SOBRE O CASARÃO DE PATOS)

Há um dito nordestino
Que escutei de meu pai
Parece que o destino
Cumprir a sentença vai
Neste marco do passado
Pois se não houver cuidado
Um dia a casa cai.

Se esta casa fosse parte
de um ambiente europeu
virava obra de arte
se transformava em museu
Não ficava desse jeito
Porque lá se tem respeito
Pelo que aconteceu.

Ruínas que emocionam
Fendas que levam ao passado
Com histórias que abonam
que se tenha mais cuidado
É patrimônio local
Nordestino, nacional
Tristemente abandonado

O casarão imponente
não pode se defender
da ação do tempo inclemente
Mas nada estão a fazer
Que os fãs de Lampião
Exijam mais atenção
dos que estão no poder.

Gilberto Cardoso dos Santos - gcarsantos@gmail.com







quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

SONETO DE JULES LAFORGUE

Sonnet
J'écarte mon rideau, j'étouffe un bâillement.
Toujours cet horizon de hauts-fourneaux de brique
Fumant dans le ciel gris d'un air mélancolique.
- Comme la vie est triste et coule lentement !

Oh ! qui m'emportera bien loin, en un moment,
Là-bas ! dans des pays, au soleil des Tropiques,
Où je serais aimé comme un enfant phtisique
Aimé bien doucement, bien maternellement.

Il faudrait un miracle, et la vie est trop bête.
Pourtant, je puis mourir! m'en aller dés demain
Je n'aurais même pas visité ma planète !

Et nous, nous sommes! et nous hurlons en vain.
Et les cieux éternels continueront leur fête !
Comme la vie est triste, triste. Enfin.
Jules Laforgue


SONETO

Abro minha cortina, e fico a bocejar.
O horizonte de fornos de barro é o mesmo
Tisnando o céu cinza de ar grave, a esmo.
- Como a vida é triste e passa devagar!

Oh! Quem me levará pra longe rapidamente,
Para um país dos trópicos sempre ensolarado.
Como criança tísica lá serei amado
Amado suavemente, maternalmente.

Quero um milagre, a vida é sem sentido.
Veja, posso morrer! Ir embora e fim!
O planeta Terra mal terei conhecido!

E nós somos! E berramos assim.
Os céus eternos continuarão em festa!
Ah, como a vida é triste, triste. Enfim.

           

Jules Laforgue
O escritor Jules Laforgue nasceu em Montevideu em 16 de agosto de 1860 e morreu de tuberculose em 20 de agosto de 1887, na região de Paris.
Foi um poeta simbolista de língua francesa, embora também seja classificado como decadente.[1]
Ficou conhecido como um dos precursores do verso livre. Ele mescla, com sua visão pessimista, a melancolia, o humor e a informalidade da oralidade.



Liliane Mendonça
Nasceu no Rio Grande do Sul, formou-se em Letras- francês pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua como tradutora e escritora autônoma, no estado do Paraná.






[1] O decadentismo é uma corrente filosófica e literária que surgiu na França nas duas últimas décadas do século XIX. O estilo critica os costumes burgueses e explora as regiões mais extremas da sensibilidade e do inconsciente. Outro representante do estilo foi Paul Verlaine.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Decadentismo











domingo, 18 de dezembro de 2016

À MESTRA VAL, COM CARINHO - Homenagem coletiva


Penso em Valdenides, e vem-me à mente o filme Madadayô, de Akira Kurosawa. O enredo baseia-se na real  história de um professor muito parecido com ela. Ambos são bem humorados, ensinam literatura e são escritores; profundamente sentimentais, empáticos por natureza, veem poesia e razões para sorrir nas mínimas coisas; ambos passam por terríveis reveses mas dão a volta por cima e mantêm vivo o lado criança; a semelhança principal, porém, entre eles está no fato de serem muito amados pelos ex-alunos e se fazerem inesquecíveis.

Anualmente, no filme, os ex-alunos do professor Uchida o procuram para relembrar os velhos tempos e trocarem boas risadas. A esta festa que ocorre a cada aniversário do já idoso professor, denominaram de “Ma-ah-da-kai” que significa "Encontro com alguém superior, elevado, divino".  Um encontro anual com Valdenides seria digno deste mesmo nome.

Madadayo, título do filme, significa "Não! Ainda não!" e é referência direta a uma brincadeira infantil também existente no Brasil. No ritual repetido ano após ano, os alunos preparam-lhe um copo de sua bebida preferida e, à semelhança do que fazem as crianças japonesas quando brincam de esconde-esconde, perguntam em tom musical: 

Mou i-i-kai (agora já pode?)

E o velho professor responde:

- Madadayo! ("Não! Ainda não!")

No contexto do ritual festivo significa que o idoso mestre ainda não está disposto ou pronto para morrer. Todos riem e divertem-se sempre, depois que ele responde.

A prova deste amor que ultrapassou os anos escolares não se reduz a palavras elogiosas. Um dia o professor vê parte de seu mundo desmoronar e estes alunos dão prova definitiva do quanto o apreciam.

Antes do Mestrado, conheci Valdenides em um evento literário. Circunstâncias adversas na vida de Débora Raquiel fizeram com que eu fosse escolhido para recepcioná-la em Santa Cruz. Foi bem engraçado esse primeiro encontro e ali começamos a ser amigos. Posteriormente, passei para o Mestrado e tive a satisfação de tê-la como professora. Durante o Mestrado, ela encantou-me como professora e mais ainda como orientadora. Quando concluí o curso, fiquei a imaginar um modo de demonstrar meu carinho por ela. Tive, então, a ideia de procurar pessoas que com ela se relacionaram à minha semelhança e de unir-me a estes numa expressão coletiva de carinho. Pelo modo como a ideia foi recepcionada, sinto que foi um brilhante projeto. Todos os que busquei disseram-me um retumbante SIM. Alguns, inclusive, antes que os convidasse de modo direto, perguntaram-me se poderiam ter a honra de fazer parte do rol dos que a homenageariam. Se juntássemos o que foi dito em off a respeito dela e do quanto se sentiram bem ao serem convidados, já daria uma boa postagem. Ouvi expressões como "Eu amo aquela mulher!", "Não posso deixar de fazer algo pra ela!" etc. Alguns, de imediato começaram a produzir seus textos. 

À semelhança de Valdenides, o professor da película muito representava para seus eternos aprendizes. Era pai, irmão, filósofo, guru, amigo, parceiro nas  brincadeiras, um ser que dava provas de sua origem divina, poesia humanizada. E isto não é  diferente em relação a Valdenides. Ouvi de um daqueles a quem convidei:
 "Não sei o que nem como escreverei algo para tia Val, mas tenho que fazer."

Pouco adianta o bem-intencionado Paulo Freire alertar-nos com o severo lema "Professora sim, tia não! Para muitos de nós ela é aquela tia adorável em cujo colo nos aninhamos, que conta histórias e estórias maravilhosas. Para outros, como o Joel, ela é como "uma coleguinha de classe" com quem dividimos as tarefas e lanches. Mas pode ser também mãe, avó, aquela que desperta em nós os eu lírico, poético e pornoético, que nos conduz, amedrontados, por veredas obscuras e nos irmana numa sociedade secreta de poetas vivos e mortos.

De alma gigantesca, apequena-se e encurva-se até o nosso nível, como fazem todos os que são flexionados pelo amor. Brinca conosco de esconde-esconde, pois fazer e ler poesia significam, respectivamente, ocultar e desvelar sentidos. Enquanto nos recicla, Val ensina-nos a encontrar a pérola que existe na palavra, a ver o colorido oculto na crosta cinzenta dos termos acadêmicos.

Valdenides nos fala não apenas com o que diz, mas com o que silencia. Poema que é, presta-se a muitas leituras. Problemas pessoais não lhe faltam, mas ela continua a ser solução para a vida de muitos. É resistente como a caatinga que tanto a inspira.

Para nós que tivemos o privilégio de ser seus alunos, rejeitamos o prefixo "ex" e bem poderíamos num coro cantante perguntar e responder:

- Acabaram-se as aulas de Valdenides?
Deu-nos a última instrução?

- Madadayo! Ainda não!

Esgotaram-se as lições,
tudo que nos ensinou?

- Ainda não! Madadayo!

- Puderam o tempo,
as preocupações,
mudança nas percepções
e distrações
afastá-la de nosso coração?

- Madadayo! Ainda Não!

A real influência de um professor mede-se ao longo dos anos. Hoje Val tem a oportunidade de ver o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficar satisfeita (Isaías 53:11), pois ela é daquelas  que tendem a eternizar-se em nossas mentes.





"Falar de Valdenides Cabral é lembrar de uma menina sorridente que transborda Poesia! É assim que nos sentimos ao lado dela, dentro ou fora de sala de aula, simplesmente em êxtase poético! Não sou poetisa, mas ao conviver com ela versos brotaram suavemente de minh'alma!
Por isso, professora, o tempo pode passar o quanto queira, mas ao vê-la sempre serei atraída por seu sorriso e irei demonstrar a minha gratidão e reconhecimento por você!!!

 

Querida Valdenides:
A vida é um aprendizado, isso já sabemos, mas o que às vezes não percebemos é a forma como esse aprendizado se realiza em nós. Tê-la como professora, mais uma vez, representou um momento ímpar para mim. Foi através de suas palavras, atitudes de amor e ensinamentos que compreendi o sentido humanizador da literatura, com alegria nos ensinou a ter um novo olhar sobre o ensino da arte da palavra. 

A sabedoria poética de trabalhar pedagogicamente os limites de seus alunos contagia e vai além da interação de sala de aula. Com você, aprendi de novo a ver como a literatura pode sim ser representada e repensada de maneira prazerosa e rica junto aos nossos alunos. Obrigada, amada professora. Deus ilumine seus projetos de vida e não deixe nunca sua linda e poética maneira de ensinar a ver o mundo e as pessoas. O mundo é bom por causa de pessoas como você. Beijos e obrigada por tudo. 


"Conheci tia Val e sua paixão pela literatura em 2001, logo após o fim do mundo (ano 2000).

TIA VAL 


Me apresentou Júlio Cortázar e seus textos fantásticos. Me apresentou seu sorriso ao mesmo tempo comedido e largo. Me apresentou sua amizade além classe. Me apresentou toda sua elegância e delicadeza. Chegou, se apresentou e ficou para sempre em nossos corações."

BELA BELA

Flor única, plantada em tantos solos bem cultivados. Maestria na arte de amar e ser amada, lírica até o pescoço, bela bela doce caramela. Valdenides, o profundo laço do seu coração é um anzol que nos pesca ansiosos por tamanha sensibilidade. De lá para cá, arquiteta de sonhos, o seu corpo de passagem abarca essa alma permanente, ainda que ludicamente voejante. O rastro de luz que deixa nos entremeios da estrada, seguimos: altivos e orgulhosos por termos o privilégio de tê-la perto, dentro. Amor, só amor.

      Joao Maria De Medeiros

Conheci VALDENIDES CABRAL no Ceres de Currais Novos como  professora de LITERATURA BRASILEIRA e logo percebi do carisma, do conhecimento que tinha de sua área. Segura no que ensinava, via nela uma grande mestra...

Naquele período também li algumas de suas obras poéticas ligadas a sensualidade do ser. Era além de grande pessoa humana e mestra também uma forte poetisa! 

Cecília Nascimento
         
Acróstico a Valdenides Cabral


Vês? Não são muitas as que com tamanho encanto
Agraciam corações, emanam cantos
Lapidam da palavra o melhor fragor
Demovendo até dos espinhos o mais terno amor
E apesar de lutas que veio a enfrentar, não fugiu das batalhas, agruras ou pesar
No afã de seus frutos ver florescer
Intuiu que na vida o melhor é vencer
Dedicando corpo e alma fez do ofício um estandarte
E por todos os en(cantos) espalhou sua arte
Sibilando sua sensualidade como um capítulo à parte.




O que dizer de Valdenides Cabral, tia Val para os alunos, ex-alunos e eternos alunos?

É muito bom falar a respeito dela, pois se trata de uma pessoa que possui plenitude em sua alma e por isso é sempre tão generosa com o outro. Compartilhando seu conhecimento de forma muito nobre a todo o momento, foi assim que sucederam esses anos de convivência tanto na sala de aula quanto na orientação do projeto de pesquisa. Segundo Galileu, “a um homem nada se pode ensinar. Tudo que podemos fazer é ajudá-lo a encontrar as coisas dentro de si mesmo”. Era dessa maneira que ocorria, em todas as ocasiões estava atenta e receptiva para oferecer seus ensinamentos, direcionando ao foco preciso de cada conteúdo. Tudo em busca da sabedoria necessária ao sucesso. 

Tia Val, ainda com as adversidades da vida, e não foram poucas, manteve o sorriso sereno de todos os dias, mesmo caindo algumas lágrimas involuntárias. A sensibilidade que a diferencia também fez com que fortalecesse seu coração para seguir. Bravamente, continuou conduzindo seus trabalhos. E Recife???? (panranranranranran). Foi maravilhoso conhecer tantos lugares lindos. 

O agradecimento é a prova de que em algum momento cada um de nós precisou da ajuda para consegui realizar algo. E ter o que agradecer significa que tivemos alguém que estendeu a mão para ajudar. Somos seres humanos e entendemos que não é possível crescer sem o processo natural de aprender através de quem está disposto a nos ensinar. Assim, a vida vai seguindo, nessa eterna caminhada. É importante deixar claro que, alunos e orientandos de Tia Val não aprenderam apenas os conhecimentos específicos, mas também aqueles valores que não estão escritos nos livros acadêmicos, o conhecimento humano. Esse, capaz de tocar os corações mais duros.

Muito terei que agradecer por sua disponibilidade e generosidade. Falar sobre ela é fácil, mas quem a conhece sabe da professora, da mulher e pessoa incrível que é, então os detalhes ficam na memória. 

É muito bom poder falar um pouquinho sobre Valdenides Cabral, embora tivesse muito a se falar. É como se pudesse agradecer por tudo (mesmo não tendo talento para poesia, tentei relatar). Foram ensinamentos e aprendizados que jamais serão esquecidos. Por isso e por outras razões, obrigada, Tia Val, foi um prazer ser sua aluna e bolsista.   
   


Valdenides,

Descobriste em mim luz. Tal como bem diz teu nome, tens essência de dia com claridade de sol.
Sem você serão meus dias de aluno exercício de saudade.
Beijo!

Depois de 17 anos longe da sala de aula, nesse ínterim fui exclusivamente mãe. Aos 36 anos ingresso no curso de Letras-Língua Portuguesa e tenho a grata satisfação de encontrar-me com aquela professora que marcaria positivamente a minha vida de maneira singular e eterna.
A tia Val... Doce, linda e angelical, duplamente angelical, com suas escritas suaves e picantes.
Tivemos muitos momentos memoráveis juntas, viagens e eventos inesquecíveis, mas dentre tantos, existe um dia que eu jamais apagarei da minha memória:

Eu sempre cultivei o hábito da escrita, como um recurso de vazão, onde o rio que corria em mim purificava-se através da sangria de letras, que desenhavam palavras, muitas vezes, doídas demais. Passada a adolescência, fui sutilmente perdendo essa vontade de escrever e só me dei conta disso aos 36 anos quando ouvi pela primeira vez Tia Val contar suas histórias e recitar seus poemas maravilhosos. Tantos anos depois sem estudar, saí, daquela primeira aula de TEORIA LITERÁRIA: ESPÉCIES DO TEXTO POÉTICO, com a grata certeza de que estar na faculdade teria sido a melhor coisa que me acontecera nos últimos anos.

Uma bela noite de lua, depois da aula, chamei  ela num cantinho e confessei o quanto doía não conseguir mais escrever e ela com toda sua doçura olhou nos meus olhos e me disse: "Não se angustie, está aí dentro, mais cedo ou mais tarde vai aflorar novamente..."
Na mesma noite, olhando a lua eu escrevi, apaixonadamente, e chorei relendo meus escritos  encarrilhadamente.  E nunca mais parei de escrever, até hoje.

PS: Escrever é o que me mantém  viva, exorbitantemente VIVA!
Impossível falar sobre tia Val sem cair no abismo dos exageros, sem se arriscar no território dos bajuladores, por tudo o que ela representa na vida daqueles que são de alguma forma, agraciados com o seu contato. Não cabem em palavras o amor e a admiração que sinto por essa criatura divinal.
          Aldenir Dantas

VALDENIDES, UMA PROFESSORA QUE NÃO TEM NADA A VER...

Da Doutora versada em complexas teorias à amiga Val, passando pela paciente e dedicada Professora de graduação, não consigo circunscrever Valdenides a nenhum destes perfis, nem a todos, simultaneamente... Não me lembro dela como alguém que dá aulas Teóricas de Literatura, mas como alguém que dá aulas práticas de Drummond... Como é que alguém faz isso? Não cabem aqui explicações, definições... Cabem problematizações e, sobretudo, sentimentos. Mas posso dizer que tem a ver com olhos, gestos e, especialmente, com mãos que poetizam dando alma às palavras... Não tem nada a ver com aula e, sim, com vivência poética... Só não digo que Valdenides não tem nada a ver com os diletantismos das teorias porque quando leio O Arco e a Lira de Octávio Paz, é dela que lembro. Aldenir Dantas – Ex aluno e amigo.
                Fátima Pereira

        Valdenides, amada (de verdade),


            Gostaria muito, nesse momento, de ter  um traquejo de poeta, de lutar com as palavras numa luta que não fosse vã. Nem precisaria ser tanto como o poeta de Itabira. Nem a métrica parnasiana seria necessária. Da arte da palavra eu só queria o suficiente para falar com poesia de quem em mim despertou um bem-querer imenso. Para falar de um ser humano especial que guardo e irei guardar no lado esquerdo do peito. É coisa para se guardar dentro do coração mesmo. Esse ser humano, por quem tenho o maior carinho é você, professora.

             Muito querida, amada por mim e por muitos, tenho a convicção de que conhecê-la em meu percurso acadêmico foi um presente Divino. Tê-la como orientadora do mestrado  entendo como  uma bênção de Deus, a quem sou grata por isso. Com você só cresci. Cresci em sabedoria  de conteúdo  sem deixar de compreender que há muito a aprender; também cresci enquanto pessoa com suas virtudes. Sem que percebesse, professora, com seu jeito de ser deu-me muitas lições. Assim, o que resultou de nossa convivência só me fez bem.

            Em você enxergo  uma composição harmoniosa  de formação profissional e humana. Posso atestar de sua eficiência docente aliada ao seu jeito de ser simples, sensível, amável. Um “cuide” seu expresso com doçura, porém com firmeza, era por mim atentamente ouvido. Sempre solícita, em momento algum me deixou sem resposta.

            É, Valdenides, esposa de Célio, mãe de Olívia e Célio Júnior, você com seus traços peculiares cativa, conquista a quem tem o prazer de conhecê-la.  Bela, admirável, encantadora... Alguém cuja presença é sempre muito agradável. Posso listar várias palavras que a você podem ser atribuídas. Enfim, professora Val, por este lindo ser que é, eu a vejo como luz que ilumina a quem convive com você. Foi bom, muito bom, termos nos conhecido.
          Carlos Barata


Valdenides não acredita em olhos gigantes, percebe as escamas das nossas asas de longe. Minha maga favorita, verdadeiro falso espelho, desses que nos ajuda a viver, mesmo do outro lado... Insinuam-se esfinges, para não se camuflarem jamais. Revela-me, desvela-me, elicita-me, oh, grande feiticeira de sorriso angelical. Também sou extração sua, minério seu, garimpado por meio de letra sua. Agora tenho uma dívida contigo: o dom da dúvida. Felicitações agora e sempre, desse seu aluno que muito lhe admira.
Faz muito sentido viver para descobrirmos pessoas inimagináveis, assim como Valdenides Cabral Dias. Sobre minha passagem pelo Campus CERES, posso dizer que não foram aulas propriamente ditas...ela nos apresentou uma literatura do encantamento, e a cada nova lição, pérolas eram lançadas em nossas valiosas noites do curso de letras. Provavelmente, fora obra do destino eu incubí-lo de recebê-la aqui em Santa Cruz, e também levá-la ao município de Lajes Pintadas para aquele evento poético, que segundo as amigas Luciana Rodrigues e Claudjane Gomes DE Morais, fora muito marcante. Que Deus proporcione vida longa a nossa grande mestra!


DA GRADUAÇÃO AO MESTRADO Foi desde a graduação Que conheci tal pessoa De tão grande coração E que Deus a abençoa. Profissional excelente Nasceu para ser professora Ensina de modo diferente Que se torna encantadora Sonhava com um mestrado No qual consegui entrar Foi tudo bem planejado Para o PROFLETRAS cursar. O que foi inesperado Não exigiu atitudes Foi rever no Mestrado A professora Valdenides. Com aulas encantadoras De todos prendeu atenção Agora já é Doutora Mas tem a mesma afeição. Dela ganhei um abraço No dia da minha defesa Para reforçar o laço Da amizade e leveza Que trago da graduação E que fica no coração.

Francinaldo Aprigio Dos Santos


Falar sobre Val? Tem tanta coisa boa para falar sobre essa mulher, que faltam até caracteres disponíveis, mas vamos lá! A conheci na primeira semana de faculdade. Como coordenadora do curso, apresentou-o para os novos alunos, em uma excelente palestra. Assim que o encontro terminou, fui procura-la, pois tinha percebido que ela é pesquisadora na área que eu pretendia enveredar. Val, na sua mais sensível forma do ‘’ser professor’’, acolheu-me de braços abertos. Na mesma semana, ingressei em seu projeto de pesquisa. Sempre ajudando seus bolsistas, guiando-os com total maestria em cada passo dos seus projetos, Valdenides Cabral se mostrou a melhor orientadora de pesquisa que o campus de Currais Novos teve orgulho de ter em toda a sua história. Como professora, não há um único aluno que possa reclamar da sua didática. Val é autêntica, tem empatia e sabe aceitar incondicionalmente os seus alunos.  Com sua dose de humanismo, forma o tripé essencial de ensino. Segundo os ensinos de Carl Rogers, Val é  uma real professora, uma mestra facilitadora. Ama o que faz e faz por que sabe fazer. Val, minha amada orientadora, obrigado por tudo que fez por mim e por todos os seus outros alunos. Obrigado por ter nos ensinado tanto. Seremos, com a mais absoluta certeza, excelentes profissionais no caminho que escolhemos para traçar. Seus ensinamentos transcenderão os ‘’muros’’ daquela faculdade e perpetuarão em todas as salas de aula que eu tiver o imenso orgulho de ensinar.
    Um grandioso abraço,

                    Lucas Andrade