Lindonete Câmara e Roberto Flávio - Unidos pela escrita

ROBERTO FLÁVIO

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Lindonete Câmara

SEM BORRA
http://apoesc.blogspot.com.br/2015/01/sem-borra-lindonete-camara.html

ÀS PROMESSAS: É FIM DE ANO!
http://apoesc.blogspot.com.br/2014/12/as-promessas-e-fim-de-ano-lindonete.html
Seria ingenuidade falar desse voo propriamente dito para humanos, mas posso
descrevê-lo como um voo abstrato, ao mesmo tempo real e tão necessário ao nosso
viver. O ser humano deve sonhar acordado e alçar literalmente grandes vôos. Focalizar
na mente um espaço amplo, desenvolver um profundo olhar até as alturas, mas com os
pés aterrados ao chão e voar.

O homem deve ser como a águia, não para ser analisado como símbolo de força
e de grandeza, mas para ser fortaleza a si e a outros diante das dificuldades dessa vida.
Ter robustez nos laços familiares e nos enlaces de amizade. Também ter compromisso
e responsabilidade com o próximo e quem sabe até com aquele desconhecido.

Subir alto sem denigrir outros deve ser o plano de voo, pois com valores
e princípios morais se alcança o brasão da própria alma. Dessa forma seremos
naturalmente aceitos com uma plumagem rara em nosso derredor habitat.

O homem perspicaz deve possuir grande acuidade visual e de fato ser
comparado a águia. Porém, precisa se estabelecer por ter superioridade em inteligência
e sabedoria. Esse sujeito águia ver longe, alcança o que outros nem sequer ousam, vai
adiante superando obstáculos e rompendo barreiras. Mas, contrariamente a própria
águia, o homem não dever ser uma ave de rapina que tem presas prediletas para poder
sobreviver. E tendo essa consciência, deve voar sem passar por cima de qualquer outro
semelhante. Que maravilha de ser!

Não sejamos semelhantes às aves conhecidas como frágeis ou desprovidas de
coragem, que sucumbem ao envelhecimento sem a devida renovação conhecida da
águia. Que possamos optar pelas atitudes corajosas, nos tornemos pessoas valentes
e audaciosas para realizarmos sonhos, quem sabe até então, adormecidos. Mesmo
dentro da realidade vivenciada sejamos como às águias, buscando as terras altas e
montanhosas. Mas que não haja a profusão do orgulho, tão prejudicial. Tão menos
fiquemos sobrevoando em círculos procurando caças para capturar ou somente servir de
diversão. Sejamos sensibilizados, habitantes de nossas próprias vidas com um olhar de
ajuda e voando em direção a nossa espécie com amor e solidariedade.

Compararmo-nos a essa imponente ave é refletirmos sem olharmos o rastro
que ficou. É transmitir para o nosso semelhante o quanto ele pode também alcançar
sua liberdade. Vamos voar desde a imaginação até o alcance da consumação e sermos
completamente LIBERTOS nesse grande espaço.

LINDONETE CÂMARA




TEMPO Lindonete Câmara


TEMPO


Lindonete Câmara


Ah, tempo distante presente!

Tempo daquela infância de cantigas de rodas, do contemplar o arco-íris no meio da calçada

Soltar pipas, caminhar de noite e até de madrugada

O tempo de hoje é vivido nas frestas das entreabertas janelas

Quem sabe nessa exposição o homem é atingido pelas balas perdidas

Ousadia de quem anda livremente pelas ruas, ruelas e nas esquinas da escuridão

Esse tempo, sim, é um tempo de grandes saudades

As cidades já não são as mesmas

Crianças vivem armadas e dormindo no chão

Pais violentam seus próprios filhos

Tanto física quanto psicologicamente

A infância é usurpada pela mídia, sendo literalmente esmagada

Pequenos humanos adulterados, que triste situação!

A vizinhança não conversa, se tranca e não se conhece

O pânico se espalha em atitudes desmedidas

Lugares pequenos se tornam grandes

Os valores estão invertidos e os sentimentos retraídos

O campo verdejante calmo e tranqüilo é inseguro

Quero sonhar com aquele tempo!

Mesmo que eu acorde e me veja sem razão

Com lágrimas e devaneios, verei nesse sonho liberdade

E somente dessa forma vejo solução

Exalo esse desejo arraigado no aroma

Que deleita suavemente em meu coração.







LIMITAÇÕES

Construções de muralhas nos limitam
Engenharias de nossas vidas
Limites dos neurônios
Limitações esquisitas.

Horizontes o cérebro deve galgar
Inverter limitações e adentrar
Memórias diversas
Sem limites acionar.

Algo individual há no limite
O processamento do pensar
Ágil ou devagar
Limitação, desejo a superar.

Na rede cerebral interconectada
O sem limites deve estar
Conhecer o funcionamento
Desse órgão engenhoso, se encantar.

Lindonete Câmara















Um comentário:

  1. me disseram que lindonete tinha postado outros poemas e não encontrei aqui na coluna. gostaria de ler.

    Luciana

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