quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Só retirem os coletes depois que estiverem em segurança - Francisco Maciel



A frase que me deu o título do texto foi a que ouvi de um guia turístico do Barco-Escola Chama-Maré, uma das ações educativas desenvolvidas pelo Programa Potengi Vivo, do Instituto de Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – IDEMA. Foi em passeio-aula no rio potengi que alunos e alguns professores da Escola Estadual Severina Pontes de Medeiros realizamos ali: isso mesmo: só retirem os coletes depois que estiverem em segurança. Em seguida foi que entramos no ônibus escolar e de volta viajamos. Entretanto, observei que desta vez sem segurança, pois, sem cinto. E assim foi na rodovia, embora três cintos em cada assento e no painel do ônibus um aviso: Lotação: 48 passageiros sentados.
Éramos pouco mais de trinta que... Se nos submetemos às exigências de locomoção no mar, por que não diante das exigências de locomoção em terra? Na ida, a bem da verdade, eu usei o cinto e na volta; até para ser mais justo aqui, porque esse texto começou a nascer por lá; tentei buscá-lo, mas desconfio de que a pessoa que estava do meu lado sentou em cima dele. Se foi assim, acho que muito mais a incomodava, além de me ser inútil: eu não consegui encontrá-lo e não fui capaz de importuná-la. Sinceramente, somente agora me sinto à vontade pra falar sobre isso.
Foi o guia turístico do barco quem conseguiu em seu território que o estrangeiro se submetesse às suas regras, ficando claro quem mandava ali. De nossa parte pareceu sujeição mesmo, obediência incondicional e não um ato voluntário, consciente ou espontâneo, pois não teve sequência adiante. É assim que outro dia estive pensando nos JERNs, jogos estudantis que são competições envolvendo escolas de outros municípios do estado. Cada jogo possui suas regras e não tenho conhecimento de aluno agindo com leviandade e com menosprezo, ou à revelia para com as decisões da arbitragem, a despeito do que acontece em nosso restrito e “democrático” espaço escolar, extensivo ao ônibus escolar e à vida. Mas, enfim, também não é só isso.
Acompanhei noutros tempos jovens da igreja em que me congregava, num congresso evangelístico em que éramos dez ou doze para dormir numa sala. Em meio à dificuldade para que se fizesse silêncio, e há também lei do silêncio, fiz sob a atenção de todos uma oração, assumindo diante de Deus o compromisso de que a partir daquele momento haveríamos de reverentemente nos calar, em reconhecimento às horas sagradas que para nós passara a ser também especial e para que em respeito de um para com o outro pudéssemos ter uma noite de sono reparador. Todos nos juntamos na cumplicidade de um amém bem fervoroso, o que não fez diferença e que nem por isso houve mudança de comportamento a partir dali.
Na outra casa em que morei, certa vez um menino importunava com um patinete na calçada do beco que eu dividia com a Escola Estadual Severina Pontes de Medeiros, ainda mais ao meio-dia. Conversei com ele e o convenci a sair dali. Em seguida o vi ainda próximo conversando com sua mãe, até que decidiu voltar. Perguntei-lhe sobre o que acontecera: _Mãe disse que aqui é público!
Foi meu filho quem me contou que certo dia viu na rodoviária de Santa Cruz um grupo de estudantes sentados sobre livros, cujas camisetas que usavam lhes imputavam ainda mais um agravante: eram estudantes do curso de pedagogia. São exemplos que se somam nos dando a dimensão do contexto, sendo eu apenas peça de parte dessa engrenagem, sem querer aqui parecer moralista, nem que tenha o intento de sentir-se à parte, acima, ou de me excluir disso tudo, pois, até mais que isso, sinceramente, eu sinto...
Sinto por a mãe que citei, na sua incapacidade de explicar para o filho que o espaço da calçada daquela escola é público sim, só que público para se zelar, público para se cuidar também. Sinto se o curso de licenciatura não começou para findar conscientizando futuros profissionais da educação quanto ao fato de que livro é símbolo de conhecimento, de sabedoria e que merece mais é ser reverenciado. Sinto pelas lacunas presentes no que deve ser educação enquanto que dever da família e do Estado. Sinto por não sermos conscientes, ainda, o suficiente para fazermos uso devido e óbvio daquilo que estar ao nosso alcance, com a sensibilidade e a conscientização crítica necessária, sem parecermos indiferentes àquilo que nos faz bem. Sinto, enfim, assim, na expectativa pela existência sempre de um suposto momento adequado para que retiremos os coletes e de maneira consequente e consciente, o mesmo façamos em relação aos cintos.
E enquanto isso, por esse culto ao bem e com a autoridade de que meu texto me reveste, é que sentencio daqui, no que me refiro ao uso do cinto em questão: “Deixemos de coisa /Cuidemos da vida/ Pois se não chega a morte / Ou coisa parecida/ E nos arrasta moço/ Sem ter visto a vida.”(Raimundo Fagner).
Prof. Maciel. Japi/RN





O convite acima refere-se a você, querido leitor, e é extensivo a seus familiares. Todos os que quiserem colaborar sintam-se à vontade para repassar este convite. 
A cultura nordestina e a APOESC  agradecem a todos que de algum modo têm nos ajudado.

HINO A SANTA CRUZ


[...] no dia 30 de novembro de 1964, a professora e poetisa Maria Celestina da Silveira, Dona Maroquinha,
publica, no jornal A Voz do Trairi, a poesia Hino a Santa Cruz a qual homenageia os 50 anos
de emancipação política de sua cidade:

Santa Cruz teu nome encerra
Um passado de lutas e vigor
Um presente que a todos atesta
Um futuro feliz e promissor.

Na beleza do campo ondulante
A riqueza do teu algodoal
A fartura do feijão verdejante
A bonança do milho e sisal.

A pecuária também empresta
Uma fonte de renda, um penhor
Que aliada ao minério da terra
É expressão de esperança, é labor.

Teus açudes tão belos e piscosos
Ornamentam este solo viril
É turismo que ofertam garbosos
Sob um céu com esta cor anil.

Neste dia do teu aniversário,
Tributamos louvores, honras mil
Santa Cruz teu nome é lendário
Santa Cruz teu nome é Brasil.


   
Este hino foi musicado pelos poetas-compositores Fabiano de Cristo Guimarães
Wanderley e Franklin de Souza, dois funcionários do Banco do Brasil que por aqui passaram.
Essa dupla, incentivada pelo povo de Santa Cruz, juntou-se mais tarde a um outro
companheiro, Neco, e fundaram o Trio Cigano, com muitos sucessos gravados.
[...]

FONTE: Literatura Santacruzense, escrito por Nailson Costa

.

UM CONSELHO AOS CONSELHEIROS DO CNE - Marcos Cavalcanti

 
                    Verifico na internet o currículo dos “eminentes” conselheiros do CNE - Conselho Nacional de Educação - e me pergunto estupefato, como é que pessoas “supostamente capacitadas” para representar a sociedade civil brasileira em tão importante órgão nacional, podem cometer um erro tão grosseiro e danoso ao país, deliberando por meio de uma resolução que o único critério aceitável de ascensão de uma criança ao 1º ano do Ensino Fundamental, deva ser o fator cronológico, ou seja, a idade da criança, fixando para tanto uma data específica de corte para a matrícula do educando ao referido ano escolar. Ora, caros leitores, é tão absurda a decisão, que lhes darei mostra irrefutável, mais adiante, de tamanha estupidez. Todavia, é de se espantar também que sendo a resolução de 14-12-2010, somente agora a sociedade civil se manifeste contra esta barbaridade, refiro-me à dormência das associações de pais e mestres, aos sindicatos ou associações de escolas particulares, à OAB, às ONG´s com atuação na área educacional, entre outras entidades afins.

HOMENAGEM A ANTÔNIO DE PÁDUA BORGES.



Hoje, 30 de novembro de 2011, feriado municipal em Santa Cruz,  será entregue a comenda Mestre Antônio da Ladeira ao poeta Antônio de Pádua Borges, merecida homenagem que ocorrerá a partir das 16h no auditório do IFRN.
Nada mais oportuno, pois, que brindarmos nossos leitores com um poema deste vate carinhosamente chamado de Borginho, que tanto tem contribuído com a cultura potiguar.


ILUSÕES


As ilusões da vida me provocam tédio
e eu não sei porque tais desventuras
sem um pergaminho sequer, tantas agruras
para o meu ser retardado e sem remédio.


Vida ilusória e cheia de amarguras
e eternamente me fazendo assédio
e quantos recalques fere o homem médio
que o joga às vezes à infernal loucura.


E nessa vida em que tudo é falho,
segue o homem triste, galho a galho,
a caminhada da vida é um mistério


e por muito que o homem seja forte
nunca pode o mesmo se livrar da morte
que o levará ao eterno horror do cemitério.




Parabéns ao IFRN por esta preocupação com a cultura local!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

UM CONVITE MUITO ESPECIAL


O convite acima refere-se a você, querido leitor, e é extensivo a seus familiares. Todos os que quiserem colaborar sintam-se à vontade para repassar este convite. 
A cultura nordestina e a APOESC  agradecem a todos que de algum modo têm nos ajudado.

A LITERATURA DA DÉCADA DO MEDO - Nailson Costa

Na década de 70, a ditadura militar intensificou a  repressão política, a censura e,
conseqüentemente, a violência. A propaganda ideológica do regime estava, cada vez mais,
presente na vida dos brasileiros.
No Rio Grande do Norte a censura, a repressão e a perseguição política não eram mais
suaves do que no resto do país. O governador Cortez  Pereira usou sua retórica
desenvolvimentista para vender a imagem do Estado com suas riquezas econômicas e
naturais. A UFRN incentivou a realização de Semanas  Culturais e com isso propiciou o

surgimento de talentosos artistas plásticos, escultores, poetas e cronistas detentores de
linguagens e de temáticas próprias.
Foram inaugurados em Santa Cruz o Ginásio Estadual (hoje a Escola Estadual Prof.
Francisco de Assis Dias Ribeiro), a Escola Normal (hoje a Escola Estadual José Bezerra
Cavalcanti – antigo Pedagógico), a Escola Estadual  Isabel Oscarlina Marques, a Escola
Estadual João Ferreira de Souza, a Escola Municipal Antônio Alexandre Pontes, a Biblioteca
Municipal, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o SAAE, o Conjunto Residencial Aluísio
Bezerra, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Santa Cruz continuou a passos largos nos
caminhos do desenvolvimento70.
Na literatura nacional, o poema social – uma poesia  de expressão política, de
linguagem simples e escolha de temas relacionados com a realidade do país – apesar da
repressão, começava a se fazer presente com mais freqüência.
Nacionalmente, a poesia das décadas de 1960 e 1970 reuniu várias influências do que
ficou conhecido como contracultura71: a poesia de protesto, de denúncia social, de
esmagamento do indivíduo na sociedade industrial, na era da conquista espacial; o
psicodelismo. Além disso, apresentou a retomada de certos valores da Geração de 22, como o
prosaico, a simultaneidade de idéias e de imagens, bem como influências do Concretismo. Por
tudo isso, foi descrita como “sincrética”, ou seja, que reúne várias tendências diferentes.
No plano estadual, o conto, gênero narrativo não muito utilizado pelos nossos artistas
da palavra escrita em terras potiguares, começou a ser praticado. Nomes como os de Eulício


Farias de Lacerda, Socorro Trindade, Francisco Sobreira e Tarcísio Gurgel são
representativos quando se trata desse novo gênero literário.
Socorro Trindade, sem medo de ousar na forma, corajosamente externou a sua
indignação com o atual momento político por que passava a nação brasileira e provocou a
censura ao lançar o livro Eu não tenho palavras em que só tinha na capa o título e o nome da
autora. O restante da folhas, como o próprio título sugere, não tinha palavras, as páginas
estavam dadaisticamente em branco.
Se antes da repressão os artistas de Santa Cruz não optaram por temas polêmicos ou
não fizeram uso das mais variadas inovações formais já há muito praticada, inclusive pelos
nossos conterrâneos potiguares, no auge das perseguições, do medo, da morte, muito menos
ainda. A literatura local não deu trabalho àqueles encarregados de fiscalizar e manter a ordem
estabelecida. Nossas obras mantiveram, portanto, em seus versos, os traços medievais,
clássicos, neoclássicos ou românticos subjetivos de sua lírica.
Os anos 70 seguem seus antecessores românticos lendo e cantando os poemas, cantos
e hinos que melhor traduziam suas tradicionais posturas líricas.
Os artistas da palavra escrita e falada, responsáveis pela expressão desses sentimentos,
são Maria Celestina da Silveira (Dona Maroquinha),  Joca Lindo, Luís Francisco Xavier,
Fabiano e Franklin, Rosemilton Silva, Teresa Lúcia de Carvalho Silva, Antônio Borges,
Adonias Soares, Letácio, José Iválter, José Antônio de Melo, Geraldo Moura e tantos outros.
Como os poetas não queriam se indispor com o regime ditatorial no qual vivia o país,
restava-lhes escrever sobre temas que não questionassem aquela política imposta. [...]
[...]


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

RESGATE - Hélio Gomes Crisanto



Vem, poesia,
Penetra surdamente nos meus poros
Arrebata-me.
Embala-me com teus acordes
Enquanto tenso vou tecendo
O fio das horas
Escorregando na minha garganta
Suavemente
Pra que eu possa
Te degustar
Vem, poesia
Masturba meu ego,
E rasga meu ego
E rasga meu ser
Pois és meu verdadeiro orgasmo.

FONTE: Trairi em Versos (Antologia)

ELIMINAÇÃO - Marcos Cavalcanti


Mexo o caldeirão das ideias
E produzo porções fantásticas
Misturando ingredientes - palavras!
Extraídas das florestas sintáticas.

Sínteses de alucinações neuroniais;
Compostos de delírios mentecaptos;
Essência de ilusões sensacionais
Na decomposição dos hábitos.

Eliminei capelas, igrejas e templos,
Os convencionalismos sociais,
A ontologia, a filosofia e a ciência,
O amor, o ódio, o medo e a demência.

Retirei do mundo todo  a insignificância,
Desapareceram a corrupção e a ganância,
As catástrofes, as epidemias, as guerras,
Desapareceram a miséria, a tortura, a fome,
E inclusive eu, com todos os homens.

FONTE: Trairi em Versos (Antologia)

domingo, 27 de novembro de 2011

UM CONVITE MUITO ESPECIAL!

Carta de Amor - Joana Darc



                               Joana Darc


Carta de Amor

Não consigo te
esquecer,a cada momento que no caminho passo... mais,e mais esse amor só cresce. Eu levo você até o fim do infinito... esse amor é teu e de mais ninguém. As pessoas dizem:tu vai encontrar outro amor, pois tu ainda é jovem,digo: amar outro alguém como amo ela,não se encontra no meu livro possivel. Eu não escolhi amar você,se fosse por mim... não escolheria você,mas não é por mim,é pelo coração talvez,não sei,só sei q amo você,e a cada dia que passa,esse amor só cresce. Esse sentimento me faz crescer. O tempo vai passar... e com ele irei envelhecer... nesse caminho da vida... nunca se esqueça... amo você ate o fim do infinito... Estarei sempre esperando por você...



sábado, 26 de novembro de 2011

LÓGICA - Luciênio Teixeira

Lucienio Teixeira 
O mar
É melhor
À noite
Assim como
À noite
È melhor
Amar


CHICLETE COM BANANA PARA TODOS



Chiclete com Banana para todos
O próximo evento no Teatro Municipal Candinha Bezerra, será um grande programa para quem gosta de teatro, arte e história. O grupo teatral Unp em Cena apresenta o espetáculo Chiclete com Banana para todos. Texto de Ruth Freire e direção Ana Francisca. A peça retrata a Natal dos anos 1940.
Após estréia realizada em Natal com sucesso de público e crítica no Teatro Alberto Maranhão, dia 19 de outubro, O Grupo se prepara para se apresentar em Santa Cruz com o apoio do Governo Municipal através da Secretaria Municipal de Cultura.

O Texto “CHICLETE COM BANANA PARA TODOS” resgata com muita música, romantismo e humor, um episódio pouco conhecido da história e da formação cultural do nosso país: A convivência de brasileiros Natalenses, com soldados americanos da base de Parnamirim Field, em Natal, durante a 2ª Guerra Mundial (1940 a 1945). Um momento em que a influência americana altera a realidade brasileira e deixa raízes para o resto do século, elencando a cidade do Natal, segundo Câmara Cascudo, ainda provinciana numa cidade com ares do modernismo e de novas tendências culturais.
Por sua localização privilegiada como ponto do continente americano mais próximo da África, Natal foi palco do pacto que selou a participação do Brasil no maior conflito do Século XX, lutando ao lado dos aliados. Não apenas com o envio de tropas à Europa, os brasileiros também contribuíram permitindo que o governo dos EUA construísse uma base aérea na cidade de Parnamirim, apelidada de “Trampolim da Vitória”, de onde partiram os aviões que combateram o exército alemão e o italiano nos desertos africanos e no mar Mediterrâneo.
No entanto, Cerca de quinze mil soldados estrangeiros passaram pela base e suas presenças influenciaram a vida dos natalenses da pequena província, alteraram a estabilidade das famílias locais trazendo não somente dólares e eletrodomésticos, mas também o glamour de uma cultura de Hollywood, a música das grandes bandas e a sensualidade de cantoras e atrizes famosas.
Dentro desse contexto, Várias histórias paralelas são contadas no espetáculo: Uma jovem que troca o namorado por um piloto norte-americano, as artimanhas de Zé Areia, Maria Boa com seu bordel que encantou aos americanos, sendo merecedora de uma homenagem, Os bailes realizados na base militar, onde costumava comparecer astros e estrelas americanas,  Ao contrário dos bailes de sábado, que eram privativos dos estrangeiros, os de domingo eram abertos para todos, ou seja, “for all” - termo que foi transformado por nós e chamado de forró, caracterizando os bailes populares.

ELENCO

1-    Alberto Oliveira
2-    Ana Célia Sousa
3-    Ana Patrícia Pereira
4-    Antonio Neto
5-    Dayane Cristine Amorim
6-    Daniel Freire
7-    Denise Chaves
8-    Diego Henrique Ferreira
9-    Flávia Maia
10-Flávio Nascimento
11-Karol Pereira
12-Ilma Medeiros
13-Janaina Damasceno
14-Zé Carlos Araújo
15-Jhully Beatriz Pereira
16-Juliclécia Santos
17-Kátia Pereira
18-Katiana Medeiros
19-Leonardo Figueiredo
20-Lucas do Nascimento
21-Marleide Soares
22-Nayara Priscila de Assis
23-Reyes Felipe
24-Rodollf Philippe Santos
25-Rosalvo Lawrynmuk
26-Sandemberg Oliveira
27-Sandro Torres
28-Thiago Emanoel
29-Thianna Câmara
30-Beatriz Araújo

Ficha técnica:
Direção Cênica: Ana Francisca Oliveira
Figurino e Cenografia: Ana Francisca e Sandemberg Oliveira
Iluminação: Ewerton Thiago
Coreografia: Anizia Marques
Assessoria Vocal: Fonoaudióloga Liliane Azevedo
Criação e arte: Ewerton Thiago, Alberto Oliveira e Sandemberg Oliveira


Triste Fim do Poema de Concreto Armado da Lagoa Nova - João Maria de Medeiros



Estive pensando na fúria cega com que os políticos e empresários se atiraram em destruir, o Estádio João Machado, o conhecido Machadão, para erguerem um outro. Eles têm os seus motivos e, cá entre nós, sabemos quais são.
O Machadão vai infelizmente ruir. ”Não vai restar pedra sobre pedra que não seja derrubada”, como está escrito no Livro Sagrado, mas claro não se referindo ao nosso lindo e histórico estádio.
Não teve jeito. A força da verdade, da razão, da conscientização, da convicção de muitos homens de bem, dentre eles o ex-presidente do América, Jucier Santos ,que lutou com unhas e dentes pela manutenção do patrimônio histórico e material,.Tudo isso foi suplantado pela força do capital,da propina,dos políticos ,quero dizer, dos politiqueiros e empresários.
No meu íntimo paira a decepção. Como pode meu bom Deus! Como pode um Estado onde ainda padece o seu povo de altos índices de analfabetismo, a saúde não vai bem, a violência aumenta a cada dia, seus governantes destruírem o que já está feito!
Até pergunto leitor - como fazia o grande escritor Machado de Assis nas suas crônicas-como pode um Estado nessas condições, destruir o que já existe, simplesmente em favor de uma minoria gananciosa e inconsequente?
Mas o que foi feito de mal ao povo e à história, essa mesma história vai provar um dia quem tinha razão. Aí, caro leitor, não será tarde demais? Os culpados ainda estarão aqui? Não estarão eles em outras paragens, aproveitando os seus dividendos?
Acho que quem vai pagar o preço de mais esse absurdo que se comete no nosso Estado serão as futuras gerações. Quem vai pagar o pato é o povo. Quem for viro verá.


João Maria de Medeiros – professor e poeta

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ENTREVISTA COM PADRE DONATO RIZZI - Gilberto Cardoso dos Santos


GILBERTO: Padre Donato, o senhor foi muito importante em minha vida e formação durante o tempo em que exerceu o sacerdócio em Cuité - Pb. Então eu era jovem frequentador da Igreja Católica e tive muitas oportunidades de conversar com o senhor e ouvir sua palavra.
Na verdade, mais que ouvir seus sermões, tive a oportunidade de conviver com sua pessoa e  conhecer melhor suas idéias.
Gostaria, inicialmente, que o senhor nos falasse um pouco sobre sua pessoa, família, vocação e motivos que o trouxeram ao Brasil e á Cuité. 

PADRE DONATO: Resposta 1.a:

            Respondo às tuas perguntas com uma pequena “prevenção” que parte de um antigo ditado:”Gata escaldada, de água fria tem medo”, me faz pensar sobre:” De que jeito você vai aproveitar destas minhas respostas e notícias?”.
            Antes de mais nada gostaria de evidenciar a sua “expressão” usada na primeira pergunta:”Eu era um jovem frequentador”... frase que permite entender um quase seu não pertencer à Igreja, porque esta palavra:“FREQUENTADOR”, indica mais  ocasionalidade que  um pertencer de fato, nascido através de um caminho de fé assumido depois do Batismo
            Pode ser que esta situação seja consequência de uma iniciação à Catequese não muito aprofundada no início de sua vida cristã, coisa por outro lado não atribuivel à sua falha, mas talvez ao inadequado número de EVANGELIZADORES, de Padres e Catequistas existentes na época no Brasil.
            Acredito que você conheça que esta realidade brasileira tenha sido, por parte dos Bispos Italianos, o motivo para enviar PADRES FIDEI DONUM (sacerdotes colocados á disposição de outras dioceses irmãs mais carentes de Formadores: padres e catequistas), situação esta que lhes permitiu vir em “socorro” destas Dioceses irmãs, para uma verdadeira colaboração na formação de líderes para a Liturgia, a Catequese, a Caridade e sobretudo para favorece novas Vocações.
            Todos estes padres vinham “emprestados” por um período de no mínimo 5 anos: o tempo necessário para conhecer o lugar, a língua do povo, costumes e cultura e tudo o que é necessário para um Intercâmbio  e a formação de novas lideranças.
            Nestes termos o Concílio Vaticano II° foi uma ótima oportunidade para os Bispos de todo o mundo a troca de experiências: foi uma “ventania” de Espírito Santo.

            Eu nasci em 13/03/1943, em plena segunda guerra mundial, no sul da Itália, “invadida” pelos exércitos coalizados que combatiam a ousadia de um ditador chamado “Benito Mussolini”, aliado com outro ditador “Hitler” e do Imperador do Japão, para libertar a Europa e o mundo todo da “erva daninha”...
            A minha cidade natal se chama Castellana Grotte na Região Puglia e em Provincia de Bari. A infância foi marcada sobretudo pelas consequências da guerra: fome, miséria, doenças, falta de tudo.
            Meu pai era barbeiro e cabeleireiro ao mesmo tempo, mas só se comia, em casa, quando ele trabalhava. Mamãe tinha estudado magistério, conseguindo diploma de mestre para escola da infância e tinha trabalhado vários anos antes de se casar. Depois do casamento meu pai não quis que ela continuasse este trabalho, porque ensinava fora da nossa cidade natal e na época era muito perigoso viajar.
            Tive uma infância marcada por doenças pesadas: aos 3 anos uma infecção intestinal que me deu febre de até até 41,8° graus. Mamãe me dizia sempre:” Foi Deus que te salvou!!!”. Durante a segunda classe de I° grau, me hospitalizei por mais de dois meses, perdendo um bimestre na escola, mas apesar disso, conseguí vencer.
            Aos 10 anos entrei no Seminário menor, na cidade de Conversano, a 11 Km. da minha cidade natal, onde frequentei, como seminarista, a escola Media e o Ginásio (de 1953 até 1958).    Em outubro de 1958 passei ao Seminário Regional de Molfetta para os estudos do liceu clássico, o curso filosófico e o primeiro ano de teologia, até 1963. Os últimos 3 anos de teologia os cursei no Seminário para a América Latina, na cidade de São Massimo all’Adige-Verona, no norte da Itália.
            Na época a vida no Seminário era muito mais pesada em comparação á de hoje: só se voltava pra casa no final do ano letivo por apenas duas semanas, voltando para o Seminário estive na cidade de Alberobello, onde só “passava bem” quem tinha superado o ano sendo promovido para a classe superior. No final das férias, o gosto de saborear a vida em família por mais uma semana e logo depois a volta para o Seminário: iniciava o novo ano letivo...
            Terminei os estudos em junho 1966 e fui ordenado sacerdote o dia 03/07/1966, tendo que pedir a dispensa de 8 meses ao Papa Paulo VI°, porque não havia completado ainda os 24 anos canônicos pela ordenação.
            No dia 03/07/1966 fui ordenado sacerdote pelas mãos do Venerável e Inesquecivel Papa Paulo VI°: éramos 72 diáconos, todos destinados á trabalharmos na América Latina, 32 provenientes do Seminário de S. Massimo all’Adige e os outros, de todas as Nações da America Latina.
            O Papa Paulo VI° em pessoa presidiu esta ordenação, a primeira depois da conclusão do Concílio Vaticano II°. Na homilia o Santo Padre afirmou com voz profética :”América Latina, esta é a hora tua!!!”
            A escolha de trabalhar no Brasil, foi casual. Em prática, durante o 4° ano de filosofia, no final do ano, o Arcebispo de Táranto veio visitar o nosso Seminário da Região Puglia (tinha mais de 400 seminarista entre filósofos e teólogos), para nos comunicar que o bispo da diocese de Verona estava construindo um braço do Semirario menor da sua diocese, colocando-o á disposição das Dioceses italianas que planejavam enviar sacerdotes Fidei Donum.
            Do nosso IV° ano de filosofia na cidade de Molfetta, fomos 10 a manifestar a intenção de irmos para lá... O tempo passou, nem todos os bispo das nossas dioceses de origem “consentiram” a mudança de Seminário. Assim, terminado o 1° ano de teologia, somente 4 nos transferimos para o Novo Seminário da América Latina... em 1963.
            A vida no novo Seminário foi marcada pelas contínuas visitas de Bispos de toda a América Latina que vinham com a esperança de ter a sorte de “poder fisgar” algum Padre que os ajudasse nos trabalhos pastorais nas próprias dioceses.
            Eu e Pe. Domingos Ciavarella tínhamos recebido um pre-aviso para irmos trabalhar na Argentina, iniciando chamado o estudo da língua espanhola. Mas um dia veio para o nosso Seminário o então Bispo de Campina Grande, Dom Manuel Pereira da Costa, acompanhado por um seminarista teólogo chamado Berilo Ramos Borba que estava cursando a faculdade Gregoriana em Roma, (Berilo não se ordenou padre, mas chegou a ser Reitor da Universidade Federal da Paraiba em João Pessoa).
            O Reitor do nosso Seminário, ao ouvir a história do Bispo Dom Manuel á respeito da situação da sua diocese, ficou preocupado. Eu e Pe. Domingos ainda não tinhamos recebido a destinação definitiva. Então nos perguntou se estávamos disponíveis para TROCAR o nosso destino, da Argentina para o Brasil, para “SOCORRER” a Diocese de Campina Grande.
            Depois do nosso consentimento, começamos a receber informações seja do mesmo Bispo Dom Manuel Pereira, como também do teólogo Berilo Ramos Borba: estávamos já respirando o clima saudável  da Rainha da Borborema e da sua Diocese...
           
GILBERTO: O padre Donato que eu conheci era um cidadão altamente politizado e focado na Teologia da Libertação. Lembro, por exemplo, das músicas tocadas na difusora da igreja que cumpriam também um objetivo de conscientização política e dos muitos livros que me emprestou ("Deus, onde estás?", foi um deles). O que resta daquele tempo no Padre Donato de hoje? Mudou sua compreensão do mundo e da política? Há algum livro daquele tempo que hoje não recomendaria?

PADRE DONATO: 2.a Resposta:
            Aquele Padre politizado que você conheceu, não morreu...só que a politização da qual você fala, é, de fato, o carimbo que “a gente” (eu e Pe. Domingos) recebemos dos que detinham o poder na época. Acredito que você se lembra, ou pelo menos pode ainda estudar os documentos da Igreja do Brasil naqueles e de outras fontes, que te ajudariam a melhor recordar o que: “A gloriosa revolução de 1964”, colocou em ato: abolição de todas as liberdades, a extinção da Constituição do Brasil, a extinção de todos os partidos e etc....
            Eu e Pe. Domingos chegamos no Brasil em novembro de 1967. Poucos dias depois da nossa chegada, assassinaram o Segretário de Dom Helder Cámara, então Arcebispo de Olinda e Recife...
            Naqueles anos a IGREJA do Brasil SE TORNOU o único espaço de LIBERDADE...para o POVO e teve de SUPRIR a falta de tudo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SANTA CRUZ SEM PRECONCEITO - Débora Raquiel

II Edição do Projeto Despertar- Agora com novo Slogan:



SANTA CRUZ SEM PRECONCEITO

O projeto Despertar do Sistema SEBRAE em parceria com
as Secretarias Estaduais de Educação de todos os estados já
vem causando impacto nas escolas que aderiram à idéia de
preparar os alunos para o mundo do trabalho por meio do
desenvolvimento de competências empreendedoras.

A Escola Estadual José Bezerra Cavalcanti, terá sua II Edição
dia 25 de Novembro, sob a Coordenação da Professora Débora
Raquiel. A Feira de negócios deste ano ganhará roupagem
nova. “Aliaremos ao empreendedorismo dos nossos jovens
uma causa mais que justa, que é o fortalecimento da crença em
um futuro melhor, e sem preconceitos. Não somente no dia da
consciência negra (20 de Novembro), mas em todos os outros dias
devemos dizer NÃO ao racismo”.

O Projeto que movimenta toda a comunidade, contará com o
apoio do Museu Rural, que cederá as correntes de Fabião das
Queimadas para apreciação na própria escola durante todo o dia
25. Contará com o apoio da APOESC, com exposições de Cordéis e
também do Projeto Cidadão do Amanhã e do grupo de dança da
própria escola. Todas as apresentações culturais primarão pela
elevação da cultura Afro-descendente.

RESPOSTA A UMA DECLARAÇÃO


(resposta à declaração que se encontra em http://apoesc.blogspot.com/2011/11/ao-nosso-1-ano.html )

Por muitas vezes esperei
Encontrar alguém assim;
Que me fizesse esquecer,
Que me deixasse feliz.


Por muitos lugares andei,
Muita gente conheci,
Mas alguém como você
É impar, nunca ví.


Que possamos passar
outros anos regozijantes
Desfrutando do amor
Como dois meigos viajantes.

(Nota: Aqui também se preferiu o anonimato)

Comunicadores Participaram de Evento Multicultural em Caicó

                            No último dia 18 de Novembro, na noite do Sertão do Caicó, capital do Seridó Potiguar, no Hotel Park dos Picanços, o Show-Lançamento do Cantor/Escritor Dudé Viana, que mostrou seu sexto trabalho musical, “O Andarilho das Canções”, e seu segundo Livro, “A Saga Benevides Carneiro”, contou com a presença do Radio-comunicador caicoense Roberto Flávio e do Vereador e Blogueiro messiense Pola Pinto.
                            Roberto Flávio permaneceu atento a exibição do curta-metragem “Pegadas de Zila”, do Cineasta potiguar, radicado no Rio de Janeiro, Valério Fonseca, que por meio da magia dramática da Global Rosamaria Murtinho, resgata a história e a poesia de Zila Mamede, encerrando com o poema “A Ponte”, musicado por Dudé Viana.
                            Para o Escritor Epitácio Andrade, autor de “A Saga dos Limões”, que apresentou ao público o multimídia Dudé Viana e trabalhou como seqüenciador das atividades, a presença dos blogueiros contribuiu para garantir a posteridade do evento e constatar o seu multiculturalismo, estratégias necessárias para o desenvolvimento da consciência crítica da humanidade.
                            A presença de Pola Pinto, juntamente com a do Cirurgião Dentista Pacífico Fernandes, estiveram associada à participação do folclorista João de Artur, que ao longo de sua carreira de 35 anos, vem espalhando cultura popular em todos os recantos potiguares, com seu grupo de brincantes folclorizados que tematizam motivações culturais nordestinas, como a tradicional “burrinha”, encantando a todos no evento.
                            Para Dudé Viana, que no próximo ano completa 40 anos de carreira, “o evento de Caicó pela sua dimensão multicultural, consolidou-se como um marco histórico reforçado pelo encontro e reencontro de grandes personalidades da música potiguar como o percussionista Jarbas Costa e o polivalente Novança Ferreira”.
                            

UMA CRÔNICA PAIXÃO - Nailson Costa

 

            Sempre quando passo defronte ao Instituto Cônego Monte alguma coisa acontece em meu coração. Lembro-me dos meus primeiros traços, letras e desenhos que eu fazia no jardim de infância desse colégio. A calça verde e a camisa branca parafraseavam a grandeza de minha esperança e a pureza mais alva de meus sentimentos.
            Lá estudei por sete anos. Por pertencer à igreja católica, o Instituto também era conhecido pelo cognome de Colégio do Padre. Foram anos de muita dedicação, pesquisa e superação. Digo que, a despeito das muitas teorias educacionais que condenam o ensino tradicional e o autoritarismo, o Cônego Monte, nos anos de 1969, 1976 a 1980, permitiu-me viajar nas cores de meus voos futuros.
            Ao passar defronte a ele, ainda consigo ver, na imponência de sua estrutura física, a grandeza dos meus mais belos sonhos. Às vezes paro e contemplo o majestoso teatro em estilo neoclássico que hoje só existe nas minhas mais doces lembranças.
 Muitas vezes ouço as vozes do Instituto Cônego Monte. Dou-lhe atenção e nesse momento passo a ser seu melhor confidente. Lembrou-me ele, um dia desses, das mordaças do tempo dos generais que muito o incomodavam. Falei-lhe de um certo Capitão Ricardo, vizinho seu dos tempos de ditadura. E rimos e fomos felizes.
            Volto à realidade e as portas fechadas do Instituto Cônego Monte, sem brilho e sem vida choram com a minha despedida. São minhas também as suas lágrimas.
            O Periquito, apelido maldoso que a inveja dos incapazes lhe atribuíram, na verdade era um Condor para aqueles que por lá passaram. Muitos voos foram por ele ensinados e muitas mentes levadas às alturas.
        O Instituto era realmente uma ave. E, do alto monte de meus incipientes sobrevoos profissionais, amparou-me por catorze anos em suas grandes asas.
            Hoje vejo que as aves reais sempre batem suas asas em direção ao infinito. Sinto que os bons tempos favorecem às nuvens seus melhores desenhos e um coração alado começa a surgir.
            É o Instituto sempre em meu coração na mais real das grandes ficções. Espantar-se-ia o mais capaz mago das criações ao ver essa escola com vida própria, sem imposições reacionárias ou religiosas, livre, leve, solta, a desenhar voos no céu dos meus sentimentos.
             Na verdade, os desenhos se fazem ave a cada instante de minha filosofia educacional. E voa e pousa e canta dentro de mim.
            Passo defronte ao meu Instituto e o vejo ali piscando para mim e fazendo suas as sábias palavras do grande Quintana: “Estes que estão atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho.”
            O Cônego Monte presenteia-me ainda com o toc-toc dos sapatos de Monsenhor Raimundo nos corredores de minhas imagens. E a cada toque, revoam do céu pássaros felizes. São aves diversas: aves aos Montes, aves Émersons, aves Raimundos, aves Marias e aves Josés. São pássaros saudosos e inesquecíveis. São lindos passarinhos que passaram, passam e passarão na tela colorida do Instituto de minhas lembranças.
            Nunca serei uma andorinha solta na solidão do espaço. Vivo a contemplar a grandeza do Instituto. Sinto o pulsar de minhas veias e sei que alguma coisa acontece em meu coração.
            O Instituto Cônego Monte será sempre a Fênix dos meus sonhos e a melhor das minhas metáforas.               

(Nailson Costa)